Paulínia, conhecida por seu alto padrão de vida e forte presença industrial, também se destaca pela renda média acima da maioria das cidades brasileiras. Segundo os dados mais recentes, a renda média do trabalhador paulinense é de R$ 4.504,74 — um valor expressivo que reflete o desenvolvimento econômico do município.
Mas, apesar desse bom desempenho, o levantamento revela uma diferença importante quando o tema é gênero. Os homens têm uma renda média de R$ 5.155,64, enquanto as mulheres recebem, em média, R$ 3.691,43.
A diferença — de cerca de R$ 1.464 por mês — mostra que, mesmo em uma cidade com boas oportunidades e alto índice de empregabilidade, a desigualdade salarial ainda é uma realidade.
O dado serve de alerta e reflexão: embora Paulínia avance em áreas como educação, saúde e infraestrutura, a igualdade de gênero no mercado de trabalho continua sendo um desafio.
Reduzir essa distância é fundamental para que o crescimento econômico seja também um avanço social — equilibrado e justo para todos os paulinenses.
Brasil
Apesar de representarem 52% da população, as mulheres continuam sub-representadas no mercado de trabalho, segundo o Censo Demográfico 2022 do IBGE. Apenas 44,9% das mulheres com 14 anos ou mais estavam ocupadas, contra 62,9% dos homens, fazendo com que elas representassem apenas 43,6% da força de trabalho no país.
A desigualdade também aparece nos rendimentos. Enquanto os homens ganhavam, em média, R$ 3.115 por mês, as mulheres recebiam R$ 2.506, uma diferença de R$ 609. A disparidade aumenta entre pessoas com ensino superior: homens com diploma recebiam, em média, R$ 7.347, enquanto mulheres com o mesmo nível de escolaridade ganhavam R$ 4.591, cerca de 60% do valor masculino.
O dado é ainda mais preocupante considerando que as mulheres são, em média, mais instruídas. O levantamento mostra que 28,9% das trabalhadoras tinham ensino superior completo, contra apenas 17,3% dos homens ocupados, reforçando a persistente desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro.