As altas temperaturas logo na primeira semana do verão, provocadas por uma nova onda de calor, ligam o alerta para uma condição que pode ser fatal: a insolação. Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que os atendimentos na rede pública de saúde cresceram na região de Campinas.
Segundo a pasta informou ao G1, foram 109 casos entre janeiro e outubro de 2025 no Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-7), contra 64 do mesmo período de 2024, alta de 70,3%.
O problema, no entanto, tem crescido em dezembro considerando os últimos anos: foram 49 no ano passado, contra 10 no último mês de 2023.
Alguns cuidados devem ser adotados como prevenção, como evitar permanecer sob o sol entre 10h e 16h, usar roupas leves, protetor solar com FPS 30 ou mais, beber muitos líquidos (bebidas alcoólicas em excesso causam desidratação) e fazer consumo de comidas leves, como frutas e verduras.
O que é a insolação
O Ministério da Saúde define que insolação é uma condição provocada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso.
Nos quadros de insolação, por conta do aumento rápido da temperatura corporal, o paciente perde muita água, sais minerais e nutrientes importantes para manutenção do equilíbrio do organismo. É tão grave, que a condição pode ser fatal.
Causas e fatores de risco
Ficar exposto de forma prolongada ao sol e ao calor provocam aumento rápido da temperatura corporal. Entre os exemplos estão:
- Passar muito tempo exposto ao sol sem protetor solar (na praia, no clube, na piscina etc).
- Praticar atividades extenuantes, ou seja, que causam esgotamento, enfraquecimento físico.
- Usar excesso de roupas, especialmente no calor.
- Ficar sem se hidratar por muito tempo.
O Ministério da Saúde faz um alerta, que a prática regular de atividades físicas é uma orientação padrão dos médicos para melhora da qualidade de vida e prevenção de doenças crônicas, mas atividades exaustivas, provocam o efeito inverso.
Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas (câncer, diabetes e hipertensão), e com imunidade baixa (transplantados e portadores de HIV/Aids) devem ter cuidados especiais contra a insolação.
Além disso, alguns fatores aumentam os riscos de insolação.
- Não beber líquidos adequadamente.
- Ingerir muito álcool ou cafeína.
- Pessoas que têm gastroenterites.
- Pessoas que fazem uso de medicamentos para pressão alta, diuréticos, antidepressivos ou antipsicóticos.
Sintomas de insolação
Segundo o Ministério da Saúde, a insolação provoca sintomas que aparecem aos poucos. Os primeiros sinais são:
- dores de cabeça;
- tontura;
- náusea;
- pele quente e seca;
- pulso rápido;
- temperatura elevada;
- distúrbios visuais;
- confusão mental.
Dependendo do tempo de exposição ao sol e ao calor, os sintomas podem ser mais graves, e podem levar ao coma e à morte:
- respiração rápida e difícil;
- palidez (às vezes desmaio);
- convulsão;
- temperatura do corpo muito elevada;
- extremidades arroxeadas;
- fraqueza muscular;
Primeiros socorros
O Ministério da Saúde fornece orientações sobre os primeiros socorros às pessoas com insolação até a chegada de um médico. O objetivo inicial, esclarece a pasta, é baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente.
Para isso, faça os seguintes passos:
- remover a pessoa para um local fresco, à sombra e ventilado;
- remover o máximo de peças de roupa;
- se estiver consciente, a pessoa deverá ser mantida em repouso e recostada (cabeça elevada);
- pode-se oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido não alcoólico;
- se possível, deve-se borrifar água fria em todo o corpo da pessoa, delicadamente;
- podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas;
- tão logo seja possível, a pessoa deverá ser imersa em banho frio ou envolta em panos ou roupas encharcadas.
"Em casos graves, procure atendimento médico de emergência. O melhor cenário é levar a pessoa imediatamente ao hospital ou solicitar apoio de urgência e emergência (SAMU 192)", indica a pasta.